A Boeing não vai pagar multa pelo cancelamento do negócio com a Embraer?

"Resumo da ópera: mesmo com rescisão do contrato mais podre da história da aviação, a Embraer ficou na pior - e ainda vai levar a fama"

E a Boeing não vai pagar as multas para o cancelamento da aquisição da Embraer?

Não. Simples assim. Disseram que a Embraer não cumpriu os 'requisitos'.

Resumo da ópera: mesmo com rescisão do contrato mais podre da história da aviação, a Embraer ficou na pior - e ainda vai levar a 'fama'.

É assim que funciona com países que trocam sua soberania pela miséria do imediatismo.

O pior de tudo é que, daqui a dois anos, quando o mundo começar a se recuperar, o mercado da aviação vai explodir - e quem se preservar e montar uma estrutura inteligente de reposicionamento pós-pandemia vai mergulhar numa espiral de crescimento e valor de mercado inéditos.

Executivos de grandes empresas são, definitivamente, as pessoas mais sem visão que o mundo já viu.

São 'apostadores'. Gente que acha que é qualificada porque tem MBA em algum subcampo de qualquer generalidade.

É a mesma psicologia do 'mercado financeiro'. Playboys gestores acabam fazendo bilhões eventualmente, porque alguém tem que fazer. Faz parte. É loteria. Esse operadores engravatados que passam a vida posando para revistas de economia e dando entrevistas para necroemissoras de TV a cabo são abutres sem cultura, sem lastro, sem história, sem compromisso e sem caráter.

O retrato escarrado do jornalismo econômico brasileiro, liderado por Mirians Leitões, Sardenbergs e Ricardos Amorins.

É o que de mais estúpido a espécie humana teve a infelicidade de produzir: discurso empolado, ideias vazias, covardia visceral, negação constitutiva e automatismo discursivo.

O fim do acordo Boeig-Embraer é um pouco de tudo isso: ausência de soberania aliada a falta de visão.

Deu no que deu.

O vírus veio ensinar um pouco de humanidade a todo esse pessoal. Mas a má notícia é que eles não irão aprender absolutamente nada.