Manoel Caetano e Luiz Carlos da Rocha. São esses os nomes destas duas figuras emblemáticas que estiveram presentes com Lula nos 580 dias de prisão política.
É incrível pensar como Lula atrai em torno de si a humanidade dos iguais. Manoel Caetano e Rocha são parecidos com Lula, são competentes no que fazem, são afetuosos, são generosos e, é claro, adoram um bom papo.
Uma conversa com os dois é um momento único, sempre permeado por uma estranha felicidade e por muitas lembranças de um dos momentos mais importantes da história brasileira: o momento em que o maior líder político do país foi aprisionado pelo fetiche elitista de procuradores egocêntricos que já caíram em desgraça e continuam caindo - com muita vergonha envolvida.
Manoel Caetano e Rocha estiveram no olho desse testemunho, deste sofrimento e deste recado avassalador que Lula deu às elites brasileiras: "eu cumpro minha pena injusta e mostro para vocês que ela foi injusta".
Tivemos os brasileiros a infelicidade de sofrer um golpe violento e devastador. Mas nós, os "golpeados", que habitamos o lado certo da história, tivemos um presente único: as pessoas que se reorganizaram em torno da causa da democracia e das causas históricas da luta por uma sociedade melhor foram renovadas sob a égide de um novo esplendor de caráter e dignidade.
As injustiças cometidas contra os justos atiçaram o sentimento real de justiça e de generosidade, dando a essas bandeiras uma nova e poderosa significação.
Para sintetizar: a densidade humanística que se re-aglutinou em torno de Lula depois desse pesadelo da Lava Jato é dos processos sociais e políticos mais luminosos da nossa história.
Vigília, movimento Lula Livre, reafirmação dos ideais dentro do maior partido político do país, apoios internacionais, pessoas reais de carne e osso que se aproximaram umas das outras em um movimento de solidariedade recíproca e resistência... Tudo isso é a prova do poder democrático de Lula e do projeto de país que deu certo e nos humanizou a todos, sendo atacado de maneira truculenta justamente porque edificou a igualdade de direitos como valor máximo de uma geração que sonhou e chegou lá.
Manoel Caetano e Rocha são duas personagens fundamentais neste processo, porque transbordaram humanidade diariamente junto a Lula e junto à fibra da Vigília - que, por sua vez, representou o Brasil democrático naquele momento de dor, mas também de mobilização e esperança.
O testemunho dessas duas figuras extraordinárias é uma prova de que o Brasil ainda pulsa suas cifras de caráter e exala espírito democrático, à revelia de nossas elites e desta abominação de turno que habita o Planalto.
Só Rocha e Manoel Caetano podem dizer, no detalhe, o que se passou naqueles 580 dias que marcaram para sempre a história do Brasil. Eles, os carcereiros - que se encantaram com a humanidade e coragem de Lula - e o próprio Lula.
Mais do que isso: a despeito de toda a humanidade que já habitava os corações de Rocha e Manoel Caetano, eles dois foram impregnados da magia humanística que habita o coração de Lula.
Conversar com eles é como conversar com Lula: há uma força e um brilho nos olhos que mudam toda a possibilidade de uma interlocução protocolar. É emoção e caráter atravessados por leveza e camaradagem.
Nestes últimos anos de impostura, oportunismo e catástrofe política - decorrentes da criminalização da própria democracia -, a esperança não perdeu. Ela apenas se retirou um pouco de cena para se renovar e voltar rejuvenescida e re-significada.
Manoel Caetano e Rocha testemunharam a força desse processo de renovação e resistência e fazem parte dessa história, com a delicadeza característica daqueles que respeitam a humanidade e a democracia.
São parte da nossa história. São inspiração para o presente e para o futuro.
Lula emana empatia!
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