Com o risco de parecer redundante, o debate sobre a vacina neste momento é um debate errado, tão errado que até o Estadão entrou nele, um dia depois de ter sugerido em sua manchete, a partir de matéria do Globo e de forma distorcida, que um voluntário brasileiro teria morrido pelo uso da vacina Oxford.
Se há uma tecla sobre a qual bate o governo Bolsonaro desde o seu início, apesar da tentativa de censura a órgãos de imprensa, do militarismo e do fundamentalismo religioso, é a defesa das liberdades individuais. Todos lembram da história da cadeirinha, do porte de armas, do direito à abertura dos comércios mesmo na pandemia.
O factoide da vacina entra aí, nesse lugar de uma luta contra a "ditadura chinesa", contra as imposições governamentais, num panorama, esse o nosso, de um culto narcísico ao individualismo e seus desejos (não quero desdobrar isso aqui).
O que fazem a esquerda e o discurso progressista, em vez de seguirem lutando pelos trabalhadores desempregados e contra a inflação que disparou para os mais pobres? Sobem com os dois pés na barca furada do debate, não sobre a vacina (porque não é bem esse, infelizmente), mas sobre a liberdade.
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ResponderExcluirVocê tem razão, Pablo.Há temas tão irrelevantes suscitados pelo Verme que arrastam uma live da ‘ala progressista’ por quase 2 horas. Enquanto assuntos relevantes caem por terra. Espantoso, não?
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