Foto: Ricardo Stuckert
Se Globo e elites demorarem muito para encomendar o impeachment, a vitória de Lula - moral, eleitoral, histórica - tende a ser cada vez mais esmagadora.
Com impeachment, daria para criar um fato novo.
Sem impeachment, Lula caminha para obter 80 milhões de votos.
A covardia e a confusão nos bunkers dos endinheirados é tal, que eles nem fazem mais questão de disfarçar. Continuam alugando espaços na imprensa corporativa, mas o circuito do debate público não atende mais a apelos do mercado: o Brasil está destruído.
A pesquisa da XP - pouco confiável porque tendenciosa ao mercado - é devastadora para as pretensões do centro fisiológico. Ali, percebe-se que Lula só começou a crescer.
O cenário é complexo. O mercado é camaleônico e já começou um processo de "desideologização". Vai testando acenos para Lula. Na pior das hipóteses, quer garantir um espaço de influência no futuro governo.
O PSDB tenta desembarcar da doença bolsonara que lhe infectou a estrutura. Neste momento, há uma enxurrada de desfiliações em curso, mediadas por uma força - pasmem - esquerdizante dentro do tucanato (que apenas quer sobreviver).
Lula é o melhor agente político em ação. Ele não força a barra, deixa os adversários se reposicionarem e aguarda o próprio crescimento - mais que previsível - como quem espera o início oficial da campanha de 2022.
O cenário agora é tão surpreendente, que o STF tem dificuldades de reunir forças para bloquear Lula mais uma vez. Na confirmação da decisão de Fachin - agendada para 14 de abril - os ministros ficaram emparedados. Amargamente, eles funcionam pressionados pelos próprios erros do passado.
O ceticismo digital progressista alimentado pelo fetiche desgastado de prever o futuro trágico ainda busca se lambuzar pelos prognósticos catastróficos e psicologizantes calcados na falta de caráter dos ministros.
Eu gostaria de apenas alertar e dizer que a 'falta de caráter' é também histórica e conjuntural - e padece do mesmo mal que aflige o próprio 'caráter': a mobilidade.
Lula, ademais, é tão grande, que o cozimento em banho-maria de seus direitos - um pedido de vista no Supremo, por exemplo - tende, neste momento, a projetar-lhe ainda mais forças: ele está em tendência de alta e refrear isso com violência jurídica poderia, inclusive, deflagrar uma onda de violência no país, dado o estado de calamidade social em que afundamos.
A equação mudou de lado: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Caminhamos para um momento apoteótico: vencer Bolsonaro, vencer o vírus e superar uma das maiores injustiças que já foram cometidas neste país: o direito de Lula ser candidato de novo.
Só a candidatura de lula, só a campanha repleta de amor que caracteriza a generosidade democrática que habita o coração de Lula será capaz de pacificar o país e direcionar sua reconstrução.
A vitória será apenas uma consequência lógica de uma campanha que deverá mexer com nossa memória, com o nosso sentimento, com a nossa dor, com a nossa esperança.
Finalmente, chegou a hora de virarmos esse jogo.
Que assim seja!!
ResponderExcluirEmbora em meu coração ainda haja um medinho de "eles" inventarem alguma coisa para melar tudo.
A luta será árdua, combate aberto, e nós teremos que enfrentar o ódio se quisermos nosso pais de volta!
ResponderExcluirCaro Conde, onde encontrar aquele boneco do Lula que você apresenta nas "lives do Conde". Grato.
ResponderExcluirLula é o amor imensurável. A situação está tão caótica que os covardes destruidores já colocam suas barbas de molho. Com certeza, vão apostar suas fichas no Lula. São magníficos os seus artigos, Gustavo Conde! Gostaria de ler um livro seu.
ResponderExcluirLuladrão
ResponderExcluirLuladrão
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