A nossa possibilidade de civilização começa e termina em Lula

Foto: Ricardo Stuckert

Esse sujeito que subverteu os nossos valores apodrecidos de sociedade conformada com ditaduras e elite escravocrata é tão resiliente que ele pode, mais uma vez, subverter essa regra que nos faz hoje odiar a tudo e a todos (porque somos uma sociedade doente, antes de sermos uma sociedade dividida).

A informação apresentada pelo jornal Folha de S. Paulo de que 92 mil pessoas chegaram a o Brasil no final de fevereiro vindas de países foco do coronavírus é alarmante e também interessante. 

É óbvio que o governo brasileiro estava se lixando para a maior crise sanitária da história. Mas também é óbvio que naquele momento, esse mesmo jornal que hoje noticia o dado como se fosse um grande escândalo, estava em berço esplêndido, preocupado em "não gerar pânico".

Você é o que você come, você é quem você segue, você é quem você lê e você é a sociedade em que se insere.

Nós somos esse governo, essa imprensa e esse vírus. Se há um espírito crítico, ele ainda não teve forças para reverter esse quadro de indigência social e cognitiva.

Se serve de consolo, alguns aqui já experimentaram um mundo melhor, quando esse espírito crítico genuíno prevaleceu sobre o darwinismo social que nos recobre o cérebro.

Há 18 anos elegíamos o mais admirável e guerreiro ser humano que essa mesma sociedade heterogênea e caótica já produziu.

Ele nos trouxe humanidade, direitos, autoestima e a riqueza imaterial da educação e da pesquisa.

Nós aceitamos jogar isso fora, docemente induzidos por esses veículos de imprensa que riem da nossa cara e tentam agora posar de vítimas.

Esse sujeito que subverteu os nossos valores apodrecidos de sociedade conformada com ditaduras e elite escravocrata é tão resiliente que ele pode, mais uma vez, subverter essa regra que nos faz hoje odiar a tudo e a todos (porque somos uma sociedade doente, antes de sermos uma sociedade dividida).

Ele ainda representa a nossa única chance de termos as nossa vidas e o nosso futuro de volta.

E eu não tenho um pingo de medo de dizer isso.