Participar de um governo é bom para o currículo.
Mas participar do governo Bolsonaro?
Esses generais bajuladores já têm os discursos prontinhos para quando tudo desmoronar de vez e chegar a conta da história: eles estavam ali para 'controlar' Bolsonaro.
A imprensa, inclusive, já dá a maior força para estabelecer essa narrativa antecipatória.
Outros, boçalizados, farão como se fez nos governos Collor: olharão para o horizonte como se nada tivesse acontecido e darão entrevistas e mais entrevistas contando das dificuldades embutidas no trato com a besta-fera genocida.
Darão muitas risadas.
Periga serem tratados como heróis por nosso historialismo conservador: "eles aguentaram Bolsonaro".
Pensam que a cultura palaciana brasileira é fácil?
Por outro lado, os severamente bestializados (Damares, Regina, Salles, Weintraub) retornarão aos buracos de rato de onde eclodiram. Ninguém vai se lembrar dessa podridão.
Aliás, diga-se de passagem: foi um favor à classe artística brasileira Bolsonaro ter levado Regina Duarte para seu governo. Assim, nós riscamos do mapa e da memória o péssimo trabalho desta pseudo atriz que representou a si mesma durante 50 insuportáveis anos.
Só a atuação de dois minutos da atriz Livia Gatto - debochando de Regina - é superior à toda a performance somada da carreira de Regina Duarte. Quer conhecer o legado de Regina? Assista Livia Gatto e fim.
É bom nos prepararmos para o processo pusilânime de 'desinfecção' que esses ex-integrantes do pior governo da história do Brasil irão encarnar quando Bolsonaro for uma página virada, rasgada e incinerada.
Vão fazer cara de 'ué'.
Esses, diferentemente de Felipe Neto, vão merecer o expurgo e a mão pesada da lei (se é que o Brasil ainda voltará a experimentar algum tipo de institucionalidade jurídica no Day After a Bolsonaro).
Porque participar de um governo como o governo Bolsonaro deveria dar cadeia. Esses integrantes e futuros ex-integrantes são todos cúmplices de genocídio.
Precisaremos de um Tribunal de Nuremberg à brasileira para julgar o nazismo brasileiro, em grande medida, mais desumano que o nazismo alemão.
A direção do 'cancelamento' é essa: judicial, histórica e transmitida ao vivo para todas as partes do mundo.
Essa vingança eu faço questão de experimentar.
Porque se, mais uma vez, esquecermos de punir os artífices do ódio e da morte - como na ditadura - estaremos pedindo bis.
O foco é punir esses canalhas - e não deixar a nossa elite racista atenuar suas reputações.
Faço minhas as suas palavras . Infelizmente eu tenho essa limitação no trato com as palavras . Elas não fleuem tão facilmente como meu pensamento , minha irá.
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