domingo, 10 de dezembro de 2017

Os cotistas são melhores que os não cotistas

A direita gosta de Darwin (aplicado à sociedade humana) mas esquece de fazer a análise óbvia de como anda o processo evolutivo na civilização ocidental.
Negros, amarelos, pardos e pobres em geral, hoje, estão um passo além das "posses" cognitivas da população branca. O bico do tentilhão de barriga branca encurtou (e só pesca peixinho filhote, com pouca proteína).
Séculos e séculos dominando a distribuição da riqueza proteica e das condições gerais de subsistência fizeram com que os "brancos bem nascidos" mergulhassem numa zona de conforto que lhes extraiu qualquer capacidade de competitividade.
São os playboys, que nasceram em berço de ouro, tiveram acesso a viagens, livros, tecnologia, alimentação, qualificação, universidade, herança etc. Quem tem tudo na mão desde a tenra infância perde a capacidade de conquistar o mundo com as próprias mãos.
É só olhar no horizonte próximo: Huck, Doria, Alckmin, Temer, Aécio, Marcelo Odebrecht, Geddel, socialites, apresentadores, atores canastrões etc. Eles mal sabem escrever.
Coloque-se um negro pobre e um branco rico em um reality show que afira - de fato - a inteligência (não o conhecimento formal) e o branco comerá poeira como já come nas pistas de velocidade e no esporte em geral.
O negro há décadas como o melhor esportista de alto impacto disparado não chegou a essa performance pela compleição física: é inteligência. Um maratonista queniano sabe se preservar, sabe dar a passada ideal, sabe modular todo o seu organismo para chegar na frente. Um velocista jamaicano é tecnologia muscular pura, passadas, sprints, ritmo e muita, mas muita, muita garra.
É isso que explica a alta performance intelectual dos cotistas e o desastre dos não cotistas. Talvez, seja por isso que a direita realinha seus pendores subargumentativos para zonas de discurso como o criacionismo. Se usarem a ciência para ler o mundo, eles estão ferrados.

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