terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Dois Mil e Desenfinito

O ano começou bem. Doria pagando um mico monumental (em vetar a homenagem a Marisa Letícia), Freixo sendo a vacina - o anticorpo enfraquecido - para a esquerda não se iludir com a mídia, Dilma Rousseff na vice liderança das pesquisas de intenção de voto (favoritíssima ao senado), Lula batendo o bolão de sempre, 'intelectualizada' de grife no ostracismo e já no profundo esquecimento (obrigado), Luciano Huck implorando para continuar nas pesquisas, Temer acossado pela própria imprudência com a saúde (sua e do país), direita no fosso profundo da rejeição popular (como deve ser) e esquerda - a exceção de Freixo - unida e cada vez mais forte.
Fatos ruins, mas que irão precipitar a resposta democrática: massacre de presos em Goiás (9 mortos, duas decapitações, 100 fugas), guerra civil no Rio Grande do Norte, exército sobrecarregado com operações de segurança devido à incompetência generalizada dos estados e do poder executivo, Cármen Lúcia delirante, jurisdicionando assuntos que não são seus e enterrando a imagem da justiça brasileira e os 170 homicídios diários aqui na Terra de Vera Cruz (3 vezes maior que na Venezuela).

Tudo leva a crer que a resposta a tudo isso será nesse ano de 2018, um ano tomado por significados de toda ordem, por todos os lados. 2017 foi o ano da virada, o ano em que o brasileiro se deu conta do estelionato eleitoral que sofreu. O ano para cair a ficha do que significa a democracia e quão delicada ela é.
O processo, portanto, está em curva ascendente: 2014, o ano do medo e da chantagem. 2015, o ano da sabotagem generalizada. 2016, o ano do golpe e do início de sua destruição. 2017, o ano da virada. 2018... A completar. Mas a história não costuma aceitar duas rupturas seguidas tão próximas.
Se quiserem dar outro golpe, esperem mais uns 13 anos. Mesmo porque, vocês vão destruir o quê com mais um golpe agora (o semi presidencialismo)? Tudo já foi destruído. Sejam coerentes, pelo menos: esperem a gente construir o país novamente e incluir mais gente, gerar mais riqueza, mais soberania, mais autoestima. Daí, vocês voltam em 2031 e exterminam todo o futuro de novo, eu não me importo.
É um bem bolado.

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